"Não faço ideia porque as pessoas se irritam comigo"

O ex primeiro-ministro foi o convidado do 'Alta Definição', da SIC, e apesar do programa ter um tom intimista fugiu a todas as perguntas de índole pessoal e na tradicional pergunta 'O que dizem os seus olhos?', Sócrates respondeu: "Satisfação, contentamento".
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Daniel Oliveira, o responsável pelo formato de sucesso da SIC, bem tentou que José Sócrates entrasse num registo mais intimista, especialmente na sua relação com os filhos e familiares, mas José Sócrates não deu hipótese.

"Não gostaria de falar de coisas intímas, está a insistir...", respondeu o ex primeiro-ministro quando instado a falar sobre a perda de familiares, nomeadamente do irmão. Ainda assim, este foi o momento onde Sócrates mais se expôs perante as câmaras comentando que "temos de nos habituar às perdas. O amor fraternal não é substituido nunca. É único".

Quanto a uma análise, ainda que generalizada, sobre o que é ser filho de um político, o antigo líder do PS, frisou que "não estou aqui para fazer psicanálise sobre a família dos políticos e não falo sobre os meus filhos exactamente porque os protejo".

Ao longo de 40 minutos de programa, José Sócrates aproveitou para lamentar o facto de ter sido "alvo de tantos ataques pessoais" enquanto esteve no Governo, garantido que estes são a "arma dos cobardes" e que não faz "ideia porque tantas pessoas se irritam comigo", mas fez questão de avaliar: "Lamento, mas não sou redondo, a política é o confronto de ideias, não o ataque pessoal".

José Sócrates lamentou, ainda, o trabalho publicado pelo jornal Expresso e assinado por Clara Ferreira Alves, onde foram reproduzidas algumas palavras mais grosseiras. "Aquilo não foi uma entrevista de pergunta/resposta, foi uma conversa entre mim e a entrevistadora e nunca pensei que fosse editado dessa forma. Mas o que está dito, está dito".

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